quarta-feira, 20 de abril de 2016

Onde fica o meio termo?



            Vivemos em uma era de rápidas mudanças. O que era a um minuto, já não é mais. Mas, mesmo assim, ainda enfrentamos problemas antigos, como a aceitação dos nossos corpos, quem somos no exterior e o que queremos que as pessoas vejam de nós. 

            A um tempo atrás, vivíamos a ditadura da magreza. As belas, magras, sensuais, altas, angels e modelos eram o nosso sonho de ser. Ser lindas, magras e louras. Andar sem tremer uma gordurinha, sentar sem surgir um pneuzinho na barriga. Que bom seria, não é mesmo?

            Porém, um numero incontável de meninas tentaram ser, através de dietas loucas, exercícios inexplicáveis, ou simplesmente ficaram sem comer em busca do corpo “perfeito”. E por isso, algumas pagaram caro, muito caro, até com a própria vida. Para emagrecer acabavam desenvolvendo distúrbios alimentares, que acabavam virando transtornos psicológicos, como anorexia ou bulimia, e muitas delas iam/vão a óbito por inanição, ou até mesmo o suicídio, por causa da depressão. 

            A novidade agora é ser gostosa. Pernão, peitão, bundão, coxão e cinturinha. Isso para o padrão brasileiro de corpo é maravilhoso! Será? Será mesmo?

            O problema é que nunca se está bom. Nunca se está magra demais ou gostosa demais. Esse excesso em tudo levam as pessoas a fazerem coisas extremas, como ficar sem comer, ou aplicar hidrogel no corpo para se sentirem melhor em seus próprios corpos. Hidrogel esse que levou muitas pessoas a terem infecções generalizadas e quase perderem a vida. 

            Não se deve julgar ninguém, nós nunca sabemos o que se passa na cabeça das pessoas, nunca sabemos o que a pessoa enfrenta dentro de si todos os dias. Mas será que não podemos encontrar um meio termo? Será que não podemos viver no meio termo? Sem ser magra demais ou gostosa demais? No meio termo. Meio termo que seria bom pra gente, cada indivíduo. Mas o que seria bom pra gente?

            Bom, isso já é assunto para outra hora.


                                                                                                          Beatriz Loiola

Nenhum comentário:

Postar um comentário