Vivemos
em uma era de rápidas mudanças. O que era a um minuto, já não é mais.
Mas, mesmo assim, ainda enfrentamos problemas antigos, como a aceitação
dos nossos corpos, quem somos no exterior e o que queremos que as
pessoas vejam de nós.
A
um tempo atrás, vivíamos a ditadura da magreza. As belas, magras,
sensuais, altas, angels e modelos eram o nosso sonho de ser. Ser lindas,
magras e louras. Andar sem tremer uma gordurinha, sentar sem surgir um
pneuzinho na barriga. Que bom seria, não é mesmo?
Porém,
um numero incontável de meninas tentaram ser, através de dietas loucas,
exercícios inexplicáveis, ou simplesmente ficaram sem comer em busca do
corpo “perfeito”. E por isso, algumas pagaram caro, muito caro, até com
a própria vida. Para emagrecer acabavam desenvolvendo distúrbios
alimentares, que acabavam virando transtornos psicológicos, como
anorexia ou bulimia, e muitas delas iam/vão a óbito por inanição, ou até
mesmo o suicídio, por causa da depressão.
A
novidade agora é ser gostosa. Pernão, peitão, bundão, coxão e
cinturinha. Isso para o padrão brasileiro de corpo é maravilhoso! Será?
Será mesmo?
O
problema é que nunca se está bom. Nunca se está magra demais ou gostosa
demais. Esse excesso em tudo levam as pessoas a fazerem coisas
extremas, como ficar sem comer, ou aplicar hidrogel no corpo para se
sentirem melhor em seus próprios corpos. Hidrogel esse que levou muitas
pessoas a terem infecções generalizadas e quase perderem a vida.
Não
se deve julgar ninguém, nós nunca sabemos o que se passa na cabeça das
pessoas, nunca sabemos o que a pessoa enfrenta dentro de si todos os
dias. Mas será que não podemos encontrar um meio termo? Será que não
podemos viver no meio termo? Sem ser magra demais ou gostosa demais? No
meio termo. Meio termo que seria bom pra gente, cada indivíduo. Mas o
que seria bom pra gente?
Bom, isso já é assunto para outra hora.
Beatriz Loiola
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