A vida moderna apresenta tantas possibilidades de interação
pelas redes sociais que jovens agem com os clientes de restaurante a la carte.
Em outros tempos era necessário o contato físico ou ser de
família bem posicionada economicamente para curtir amizades em outras regiões e
países via ligações telefônicas. Hoje tudo mudou. Quero postar fotos
bacanas(Instagram), mostrar que sou um garoto de família(Facebook), falar
bobagens sem medo de ser identificado(Twitter), juntar uma turma mais restrita
e interagir em tempo real(WhatsApp) e por ai vai. Encontramos redes para todos
os gostos, mas a sensação de estar sozinho no mundo ainda permanece com muitos
dos usuários, dificuldades para entender que o mundo real é outra coisa.
Estar conectado em dezenas de redes e grupos distintos
dentro delas não pode ser considerado uma solida network para quem deseja
aproveitar corretamente os benefícios das tecnologias, o cardápio variado
precisa ser consumido em pequenas porções para o efetivo conhecimento. Para ser
mais preciso basta entender ofuncionamento de uma churrascaria rodizio. Eles
mandam na frente tudo que é mais barato e simples, quando vem aquela carne de
primeira o cliente está quase satisfeito e
provará ao invés de comer para dar prejuízo.
Ser famosinho em alguma das redes nem sempre garante algo
proveitoso por prazos longos, falar sem pensar ou avaliar a repercussão no
mundo real pode deixar marcas profundas no usuário. Pensar que existe rede
restrita é uma ilusão. Caiu na Rede, virou propriedade do mundo.
Antes era “ser ou ser” e agora somos dominados pelo “postar
ou não postar”. A tecnologia avançou em passos largos enquanto a sociedade
ainda se arrasta, a legislação tenta compreender e os jovens já enjoaram do
cardápio atual.
Rodrigo Flávio Portugal Alves
Acadêmico de Jornalismo
Faculdade Estácio Seama
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